quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Brisa

Sua brisa me abrasa
Me tonteia
Me acalma
Quando venta
Me arremessa
Me atravessa
Me arrebenta
Quando chove
Me entristece
Escurece
Tudo sofre
Sua chuva
Rasga o peito
Finda a alma
Quase morro
Quando dia
Quando noite
Quando todo
Todos os dias

Quando sorri
Quando chora
Quando alegre
Quando alegre não

O seu sereno
Levita lento
O meu intento
Fica intenso
Meu lamento
Se dissipa
Minha alma
Grita
Se agita
Instiga
Intriga

Quando leve
Quando voa
Quando simples
Quando simples não

À toa, a alma distoa
Decola na brisa
Dissipa a tempestade
Ainda que tarde
Sopra qualquer dor
Amor é estado de espírito
Temporária tranquilidade
Leveza que invade
Sublime torpor

[Wandy Oliveira]

Nenhum comentário:

Postar um comentário