sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Dragão

Não se aprisiona um espírito
Que teima em ser livre
Nem se deprecia
Um coração que insiste
Não se oprime
Sequer o menor dos desejos
Ora quem foi que que disse
Que amar é não ter liberdade!?
Reter a vontade alheia
É pura vaidade
O orgulho sufoca a alma
Fere as duas mãos da via
O vento da incerteza é sedutor
O acaso em cada passo
Não é privilégio de um
Toda escolha é incerta
Mas nem toda porta
Permanece aberta
Quem nunca andou só
Quis ser apenas só
Tão mais sozinho!?
Não hesite nos devaneios
Essa é a hora de errar
Todos precisamos dos riscos
Para aprender a nos limitar
É bem no fundo d'alma
Que o dragão permanece dormindo
Por dentro somos todos medo

E teimamos em ser sozinhos


[Wandy Oliveira]

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