quarta-feira, 5 de junho de 2013

Vivos!

Esse ímpeto que muitas vezes censuramos
Há de ser o propulsor de um colapso interno
Naturalmente
Sem amarras
Como criar asas
Saltar sem se preocupar

Não, não somos nosso próprio remédio
Precisamo-nos
Do outro, outros, tudo e todos
Somos multiplicados desde a criação
Nâo há sabedoria na solidão
O silêncio ensina
Mas são com as palvras e ações
Que transformamos o entorno

Vamos fazer festa a cada sorriso que voltar
Vamos beber a saúde
Respirar a alegria
Tornar forte a vontade de ser mais

Tudo que nos falta
Falta mais no outro
Basta esquecer do gramado ao lado
Nosso verde também cheira a novo

Vamos comemorar a felicidade alheia
Plantar em outros o que há de melhor em nós
Deixar de se preocupar com a colheita
O tempo conjuga-se lento mas eficaz
Tenha calma

Pra Tudo que faltar
Sobrará imaginação
E façamos dívidas as folgas
Os excessos
Deixa transbordar o que faz feliz
Deixa amanhecer 

Façamo-nos sol
Amarelo e quente
Vamos emocionar, marcar
Fazermo-nos lembrar
Tornarmo-nos importante além do próprio umbigo

Façamo-nos alegres apenas pelo prazer de ser
Sejamos força em cada palavra dita
Vamos sonhar, viver
Brindar as sensações
O impulso colado nos pés

Razões para sorrir temos de sobra
Deixa cair as pálpebras
Se solta
O sonho é o alimento da alma
Não faça promessas, apenas faça
Perca a pressa, perca a calma

Se temos que envelhecer
Que seja sem notar o tempo passar
Sem se preocupar
E quando velhos pensar que não foi nada em vão
Sentir fraqueza nas pernas
Mas ter a mente e o corpo são
Haverá arrependimentos
Assim como tristezas e feridas também haverão
Mas nunca as encare como derrotas
E sim como resultado de uma vida bem curtida
Tudo é válido
Todo e qualquer suspiro
Façamo-nos inteiros
Façamo-nos vivos!

[Wandy Oliveira]

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